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10632659 4720856554980 5343291062820573521 nRELATORIO ACTIVIDADE - EXPEDIÇÃO À PEÑA UBIÑA

Desta vez pedi a um dos participantes que fizesse a crónica deste evento. Assim apenas me resta agradecer o trabalho do nosso companheiro Valdemar e dar-lhe os parabéns pelo magnífico trabalho realizado.
Resta dizer que no 2º dia, enquanto um pequeno grupo fez a ascenção ao Fontán, os outros fizeram uma visita às duas aldeias - Tuiza de Arriba e Tuiza de Abajo, literalmente passando a pente fino todos os recantos delas e tentando perceber a forma como as gentes destes povoados vivem naqueles remotos lugares e apreciando a beleza dos mesmos.

E agora a dita crónica, pelas mãos do Valdemar Freitas:

"Peña Ubiña 2014
A viagem até Tuiza de Arriba
Não poderia haver melhor lugar para nos reunirmos que a sede do nosso clube e daí, metermo-nos à estrada o quanto antes, para percorrer os cerca de 500 km, distância longa para se fazer à noite, em especial para os condutores, apesar de grande parte do percurso ser em auto-estradas nacionais e espanholas.
Aos poucos, distribuídos por cinco viaturas, fomos partindo entre as 11:30 de sexta-feira e as 00:30 de sábado, hora em que partiu o último carro com destino ao Parque Natural Las Ubiñas y La Mesa, local onde iríamos passar o fim-de-semana, efectuando algumas actividades de trekking e de montanhismo, como por exemplo a ascensão ao cume do Peña Ubiña, a 2417 m de altitude, conforme indica o mapa a que recorremos mas que, pelos vistos, segundo medições de 2006 é mais baixo, sendo mesmo ultrapassado pelo Fontán Norte em três metros.
Viagem que é viagem, tem sempre os seus quês, alguns bons momentos e outros a que vulgarmente chamamos de contratempos, isto porque não jogam a nosso favor e fazem com que, algo que tínhamos por objectivo, não se realize ou seja, pura e simplesmente, ao contrário do que idealizamos.
Foi isso que aconteceu com o carro em que viajei. Confuso o GPS ou até mesmo baralhado por nós, entre o percurso mais curto (mas mais horas de condução) e o mais rápido (mas mais quilómetros), o certo é que andamos em bolandas para sair de Portugal pela fronteira do Lindoso, sempre em estradas nacionais e percorrermos, ainda em pequenas carreteras espanholas, uma boa parte do percurso.
Mas, a cereja em cima do bolo, ainda estava para vir. Com o GPS a indicar que estávamos a 20 km do nosso destino (Tuiza de Arriba) e os outros companheiros já no destino e/ou, mesmo a caminho do Refúgio de Meicín, por muito que vasculhássemos, só encontrávamos estradas muitos estreitas, onde até fazer a inversão de marcha se tornou difícil e, desses pontos, apenas estradas em terra, para outros tipos de veículos, ditos de todo-o-terreno, o que não era bem o caso.
Desfeito o engano, com novas informações e recurso a GPS de smartphones, soube-se que ainda tínhamos que percorrer cerca de 60 km, voltando um pouco atrás, passando por Campomanes e daí rumarmos, finalmente até ao parque de estacionamento, em Tuiza de Arriba.
Com cerca de hora e meia de atraso, contentes pelas peripécias e pela alegria incutida, durante toda a viagem no habitáculo da viatura, arribamos a Tuiza e, em pouco tempo, já estávamos prontos a partir para a primeira caminhada do dia.

Caminhada de Tuiza ao Refúgio de Meicín
Para quem como nós, que estamos imensamente habituados a caminhadas, tanto nas serras de Valongo, como em muitos PR noutras serras e, nalguns casos, com historial de alta montanha, os cinquenta minutos de caminho indicados na placa e a pendente que nos aguarda, fazem-se com “uma perna às costas” e a outra ao “pé-coxinho”, como foi dito por algum de nós, mesmo que carregados com mochilas de 50 a 60 litros e com uma boa carga, dita necessária para um fim-de-semana, onde se incluem os sacos-camas, fogões, alimentação, mochilas de ataque, etc. e ainda vestuário para condições climáticas, menos amistosas, caso elas possam advir, a qualquer momento.
Deixamos Tuiza por um carreiro muito bonito, onde do lado esquerdo se ouve correr um qualquer ribeiro e onde ainda existem algumas frondosas arvores, que aqui e ali ainda sombreiam o nosso percurso. Perto de uma cerca que impede o gado de descer e onde abrimos uma cancela para passar, a vegetação passa a ser apenas composta por arbustos de diversos géneros e pequenas flores campestres, onde se incluem flores lilás, de cujos estigmas, se diz obter o açafrão.
Pelo caminho, vamos vendo na paisagem que nos rodeia, alguns cumes e encostas rochosas, do género das que nos esperam, bem mais acima e com muita mais altitude e pelo vale acima, vão aparecendo cavalos a pastar livremente, num verdejante prado já muito rasteiro de tanto remoer, sobretudo pelas largas dezenas de cabeças de gado bovino, que se vêem para qualquer dos lados que se olhe, muitas vezes em lugares onde pensamos que apenas chegariam as cabras.
Ouvi dizer, que algumas vacas, em busca de erva mais alta e fresca, sobem e sobem cada vez mais, acabando por vezes por cair e mesmo morrer lá nas alturas, de encontro às rochas, isto no caso em que quem toma conta delas, não se apercebe do seu fugaz afastamento.
Tendo como fundo, o Peña Ubiña ainda encoberto pelo nevoeiro, avistamos o edifico do nosso alojamento, no sopé das montanhas que o rodeiam e que fazem parte do maciço de Las Ubiñas, para cujas encostas haveríamos de ir, ainda hoje, fazer as ascensões possíveis de serem feitas, caso o tempo o permitisse.
Já no refúgio, tempo apenas para comer qualquer coisa, acomodar a mochila grande, preparar a de ataque com o material e alimentação necessária para o efeito e ir ao encontro do restante grupo, que já tinha abalado, encosta acima, há já largo tempo, mas com alguns elementos, ainda ao alcance da nossa vista.

A primeira ascensão (Peña Ubiña Pequeña)
Trilhando um caminho em terra e aos “esses”, que desde a base da montanha, onde se situa o refúgio, se expande pela encosta verdejante acima, já muito calcorreado e em algumas partes com regos provocados pelas águas que o sulcaram, fomos subindo o mais rápido que podíamos, até já bem perto do cimo da referida encosta, apanharmos três elementos do grupo da frente, que também se tinham atrasado na saída do refúgio.
Após este primeiro contacto, chegamos a ouvir algo que não desejávamos. Que uns espanhóis, em virtude do muito vento que se fazia sentir, lá mais acima, lhes tinham dito que “não valia a pena arriscar a ascensão, nem ao Ubiña nem ao Ubiña Pequeña”.
Não descurando o aviso, fomos no entanto subindo e já muito perto de uma cerca em arame farpado, com uma cancela que permitia a nossa passagem, sentimos na pele a grande intensidade do vento, a que os espanhóis se referiam e o frio que ele provocava, bem como a nítida sensação, que se o vento não diminuísse e o tempo não abrisse a ponto de serem visíveis os cumes, que teríamos que abandonar as ascensões e apenas caminhar a menor altitude, na mesma com muitas e bonitas paisagens para admirar e calcorrear, desde que não viesse chuva.
Perante a situação climática a que assistíamos, havia que ponderar o que fazer e tomar a decisão certa, se se subia ou não e a que cume, se apenas alguns o fariam ou não, colocando a segurança, sempre em primeiro lugar.
Passada a vedação, iniciou-se uma ligeira descida e, já com todo o restante grupo à vista e a descansar, o vento como que desapareceu, talvez por estar a ser cortado pelo Ubiña pequeno que se nos mostrava à nossa frente e que, pelos vistos, era o destino decidido pelo grupo da frente, apesar de o cume, também não estar ainda, totalmente visível.
Com a preciosa ajuda de S. Pedro, o tempo começou a ser favorável e eis-me, a correr, tal flecha lançada, ao encontro dos meus amigos, para de seguida iniciar a primeira ascensão do dia, a subida ao Ubiña Pequeña, a 2189 m de altitude.
Iniciamos a subida, pela vertente esquerda à nossa frente, por entre muita cascalheira até ao carreiro que sinuosamente, nos vai fazendo subir cada vez mais, até bem perto do cimo, onde por fim, já com passagens por entre rochas de maior dimensão e depois de uma passagem mais arriscada, se chega à cruz que assinala o topo do cume e ao local de muitas fotos de grupo, para a posteridade.
Com o tempo, ainda não totalmente descoberto, mas aqui e ali com uma abertura que nos permitia visualizar toda a paisagem ao nosso redor, fomos nos agrupando para a foto da praxe e mais uns registos das belas paisagens a que assistíamos.
Inebriados pela magia da natureza, nem sentíamos o arrefecimento provocado pela curta paragem, mas, sabendo que ainda faltava fazer a descida e, a possibilidade de outra ascensão, começamos aos poucos a abandonar o topo e fomos descendo em fila e espaçados, acautelando-nos do perigo de queda, em alguns troços mais íngremes e escorregadios da descida, com o uso das mãos e até mesmo, do rabo no chão.
Depois de passarmos novamente a cascalheira e de novo reunidos, já cá em baixo, haveria que decidir se e quem estaria interessado, em ir até ao cimo do mítico Peña Ubiña, o tal pelo que tínhamos vindo de tão longe, para conquistar.
Decisões tomadas, sete elementos optariam por subir a um novo cume, tendo os restantes decidido caminhar um pouco mais e regressar ao refúgio para descansar, da viagem e da subida que tinham acabado de fazer.

A segunda ascensão (Peña Ubiña)
Já tinha a palavra pronunciada, que era minha intenção subir ao Peña Ubiña, desde que tal fosse viável, feito em segurança e em companhia de quem já tem muita mais prática e capaz de transmitir confiança, a quem como eu ainda estou a dar os primeiros passos, ainda que determinados, nestas andanças em mais altas montanhas.
Já com o Júlio Portela e o Joaquim Silva na frente, pois tinham descido do Ubiña Pequeña por outra vertente e, depois de uma tentativa frustrada em os apanhar/encontrar e um pouco aborrecido por não terem esperado por mim, voltei atrás e fiquei novamente entusiasmado, pois iria ter como companheiros de subida a Beatriz e a Catarina mais o Augusto e o Luís Sousa, partindo no alcance dos fugitivos que não mais veríamos a não ser já no cume.
A ascensão que fizemos, tirando a parte da cascalheira e o facto de serem duzentos e poucos metros a mais de altitude, foi muito idêntica à anterior.
Tem na mesma uma primeira parte em que se caminha por um carreiro aos esses e contra esses, para assim se vencer mais facilmente a pendente, a parte em que temos que abrir caminho, fazendo um pouco de “escalada” por entre rochas de maior dimensão, seguindo as marcações listradas a branco e amarelo e algumas mariolas até que se chega à crista e ao percurso que nos leva até à cruz do Peña Ubiña.
Neste último troço, há pelo menos uma ou duas partes, digamos assim, mais complicaditas, para quem tem vertigens, mas nada de especial para os aventureiros habituados a estes desafios, a não ser, que o tempo estivesse fechado com muito nevoeiro ou se fizesse sentir o vento que estava, quando atravessamos a vedação, lá bem mais abaixo.
Ultrapassado este troço final, eis-nos a 2417 metros e com uma vista de 360º super, hiper, mega espectacular, de uma quantidade difícil de enumerar, de montanhas, cumes, picos, encostas, vales e aqui e acolá uma ou outra pequenina aldeia, tudo isto do mais perto ao mais longe que a nossa vista alcança, brindado por um tempo que nos quis alegrar e se abriu para nossa satisfação total.
Com um espanhol por companhia, que nos fez o favor de tirar as fotos de grupo e o bom tempo a querer se ir embora, decidimos então descer pelo mesmo percurso da subida, tendo também aqui, os mesmíssimos cuidados da descida anterior, sobretudo nas partes da “escalada” inversa, em que tínhamos que recorrer à ajuda preciosa das mãos.
A meio da descida, resolveu-se cortar a direito pela encosta, atravessando uma enorme cascalheira e em direcção à cancela que ao meio da manhã, tínhamos passado e cuja vedação, era agora transposta por uma dezena de corças, que em debandada corriam, pela vertente ligeiramente inclinada, para contentamento dos nossos olhares.
De pernas já bem cansadas, não só pelas subidas mas também pelas descidas, tivemos ainda a descida que parecia nunca mais acabar, até ao refúgio e ao mais que merecido descanso.
De tudo o que tinha feito até então, neste sábado, esta descida simples, de pé ante pé, tornou-se do mais cansativo que possam imaginar, pois parecia interminável a ponto do meu companheiro de descida, o Luís Sousa ter dito “estou desejoso por chegar ao lugar das vacas” ou seja, ao prado defronte ao refúgio, a um plano, sem mais subidas ou descidas, que por hoje bastavam.

O descanso
O Refúgio de Meicin é um edifício recente que substituiu um outro desde 2008. Na minha opinião, tem muito boas condições para uma breve estadia, excepto, no que diz respeito ao local para guardar as mochilas (muito estreito e escuro, mesmo de dia) e às fracas e pouco espaçosas instalações sanitárias e de higiene, face ao número de pessoas que aí se podem alojar (talvez umas quarenta camas??) e ao valor que se paga para o efeito, 15 euros, mais 3 se pretendermos tomar um rápido duche.
Mas, é o que há e muito mais não se pode exigir, para um refúgio de montanha, para onde não é fácil o acesso de equipamentos e mantimentos, tão pouco a sua manutenção e, como muito de nós sabemos, há-os em piores condições e nós nem reclamamos, nem o poderíamos sequer fazer.
Ainda não era noite nem para lá caminhava e já cada um preparava o seu comer, na forma que tinha escolhido para o efeito, ora jantar quente, elaborado na hora com recurso aos fogões, ao relento e ao friozinho do tempo, ora jantar dito frio, recorrendo a sandes, conservas ou refeições pré-cozinhadas, mas no quentinho da sala de jantar do refúgio.
De estômagos satisfeitos, aquecidos pelos cafezinhos e por um pouco de conversa, já poderíamos enfim descansar nos nossos beliches e aguardar por novo dia e, conforme se tinha pré-estabelecido, uns irem fazer uma nova ascensão e outros visitar as aldeias de Tuiza.
A terceira ascensão (Fontán)
Às seis horas espanholas, já eu estava a pé e a preparar as minhas coisas para a nova ascensão e para o pequeno-almoço, quando aos poucos foram chegando os restantes companheiros de jornada domingueira, que também se prepararam nutritivamente e fisicamente, com todo o equipamento e alimentação ligeira, para mais esta actividade, que entre a subida e a descida, esperávamos fazer em cinco horas, mais coisa menos coisa.
Do refúgio até ao primeiro portillo, que assinala a passagem para um outro tipo de paisagem, a subida faz-se toda ela muito facilmente, primeiro sem trilho e em espaço aberto e depois por um carreiro que vai vencendo sinuosamente a pendente, afunilando cada vez mais as suas voltas, à medida que vamos subindo cada vez mais. Também aqui, fomos presenteados com uma enorme recepção de corças, que admiradas, nos miravam no alto dos seus pedestais
No portillo, se olhássemos para trás, em direcção ao refúgio, víamos uma encosta verdejante, recortada aqui e ali por um conjunto de rochedos, uma zona aqui e ali com mais arbustos, um ou outro carreiro e muitas vacas em pastorício.
Se olhássemos para a frente, tínhamos uma paisagem totalmente diferente. À esquerda, toda a encosta visível era de autêntica cascalheira, salpicada com dois ou três blocos de neve que ainda sobreviviam, no finalzinho do verão. No fundo, onde ainda corriam livremente as corças, mais cascalheira, um ou outro pequeno charco de água e algumas cavidades, que haveríamos depois de ver de outra forma, lá bem no alto.
Depois de um pouco de água e de uma barrita para nova energia, seguimos à esquerda por uma carreiro no meio da cascalheira e a meia encosta, passando bem perto dos blocos resistentes de neve até que deixa de haver carreiro e temos apenas que subir, pela vertente mais inclinada até então, encostando-nos o mais que possível à esquerda e às rochas, para nos apoiarmos e assim facilitarmos a subida que, vai sendo cada vez mais difícil à medida que se torna mais inclinada e com mais pedras soltas, que podem rolar, a qualquer momento, debaixo dos nossos pés.
Este troço, talvez com 75 a 100 metros e que, pela sua inclinação, deverá vencer mais ou menos outros tantos de altitude, foi o de mais dificuldade das três ascensões e o que mais cuidados mereceu, pois tem algumas zonas a necessitar de mais técnica e segurança, face a possíveis escorregadelas ou ao perigo de se fazer rolar pedras de maior dimensão pela encosta abaixo e que poderão provocar acidentes, que tem sempre que se evitar ao máximo.
Juntos os três pares que subiram separadamente até aos 2350m, faltava agora vencer os cerca de 70 metros finais, que se fazem numa pequena parte em escalada por entre rochas e depois na crista da montanha, sem zonas de qualquer perigo, até ao ponto mais alto do Fontán.
Mais uma excelente visão, daquilo que a alta montanha nos pode proporcionar, não tão maravilhosa que a do Ubiña, mas ainda assim muito bela. Se olhássemos em cruz, tínhamos à nossa frente, ao longe, uma zona muito verde de árvores, talvez pinheiros ou outro tipo de folha persistente, atrás a crista de rochas por onde tínhamos vindo e o alto do Ubiña e mais afastado o Ubiña Pequeña, à direita o vale com a cascalheira e as cavidades que tínhamos avistado anteriormente e à esquerda um enorme monte em forma de promontório, certamente de muito difícil ascensão ou escalada.
Com os primeiros e únicos pingos de chuva e um duplo arco-íris a surgir no horizonte, resolvemos comer algo, tirar as fotos para recordação e o quanto antes, não viessem as nuvens negras e a chuva, fazer a descida, também desta vez, pelo mesmo caminho da subida.
Se não fiz desta ascensão uma oportunidade perdida, confesso que me preocupava a descida, mas que ao mesmo tempo, estava ansioso por a fazer o quanto antes, pois certamente não seria a mesma coisa, se a tivéssemos que efectuar debaixo de chuva.
Não há nada de melhor que seguir quem muito sabe do assunto e, seguindo a Beatriz na descida, trilhando o mesmo percurso que ela fazia, calcando as mesmas pedras e tendo as mesmas cautelas que ela incutia, depressa descemos o que muito nos custou subir, ao ponto de já correr, cascalheira abaixo em direcção ao vale, ao portillo e depois descer até ao refúgio.
Estava feita a última ascensão, a mais difícil e a exigir um pouco mais de técnica das três que efectuei com alguns dos meus amigos, mas, numa próxima oportunidade, já não será a primeira vez em nenhuma delas e a forma como as irei enfrentar, já não será certamente a mesma.
Faltava agora o almoço volante, carregar a mochila grande às costas, deixar para trás o refúgio e ir ao encontro dos restantes amigos, que ansiosos haveriam de estar pela nossa chegada, depois de terem desfrutado da visita às aldeias, que também tem muita beleza e encanto.
Regresso a casa
Nesta actividade, participaram 21 elementos, distribuídos por cinco carros, tendo as despesas da viagem sido calculadas antes do regresso, calhando a cada um a quantia 50 €, modesta q.b. para tão excelente fim-de-semana de actividades de montanha, proporcionadas pelo Alto Relevo.
Desta vez, o regresso foi por todos feito em auto-estradas, com paragem na estação de serviço do Alvão, de onde fomos castigados por um enorme dilúvio, até Valongo.
Participantes por carro: Arnaldo Costa, José Paulo, Lino Santos, Julio Portela - Beatriz Silva, Catarina Ascensão, José Costa, Luís Sousa – Tiago Costa, Noémia, Vladimiro, Marta Fonseca, José Brandão – Joaquim Seca, Cristina Martins, Rosa Oliveira, António Oliveira – Joaquim Silva, Augusto Monteiro, Tiago Macedo, Valdemar Freitas
" Há três coisas que nunca voltam atrás:
a flecha lançada, a palavra pronunciada
e a oportunidade perdida."
Provérbio chinês

Um abraço a todos,
Valdemar"

As reportagens fotográficas encontram-se partilhadas nos sitíos habituais do FacebooK: Alto Relevo - Clube de Montanhismo e Dar aos Pen@ntes.
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