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Participantes: Carlos Mendes; Beatriz Silva; Patrícia Silva; João Fernandes; Elizabete Costa; Catarina Martins; Paulo Correia

Em 10,11 e 12 de Fevereiro, a nossa primeira caminhada, em autonomia, digna de registo, pelos trilhos das serras de Sanábria, três dias de grande aventura…

No primeiro dia, percorremos trilhos lindíssimos, em que só mesmo a esplendida paisagem afogava o cansaço da caminhada… havia Sol…Ao caír da tarde, os trilhos acumulavam já, resquícios de neve entre pedras e giestas… os pés foram se enterrando cada vez mais na neve, até que finalmente, neste final de tarde, chegamos por fim, ao primeiro abrigo…. Abrigo de pastores e seus rebanhos. Hoje, para além dos pastores abriga também montanheiros que lá permanecem por algumas horas para essencialmente descansarem, e recarregarem forças…

No abrigo, a lareira acendeu se, abrigo despido, de nada, apenas vestígios, de alguém por lá ter passado….de poucas condições físicas, apenas ficamos com o calor humano, que esse foi sem dúvida, um grande suporte para esta jornada se ter concretizado, fez com que houvesse vida dentro daquelas quatro paredes….
A imensidão das paisagens resistem à neve, como podem? Enchem-me o peito, não de ar frio mas de um conforto tranquilizador… Inspiro fundo… O fogo da lareira, continua vivo, em danças intermináveis, contam se histórias…

Segundo dia, chuva…e neve… Quase não sinto os dedos das mãos e evito tirá-las dos bolsos do casaco, apenas o tempo necessário para tirar algumas fotos…
Calcamos lentamente os “sapais”, com cuidado, para que os pés não se afogassem nas poças de água cristalina que se formam entre a erva verdejante. Seguem-se as “mariolas” que entre a chuva e o vento nos vão mostrando o caminho… 
Depois de muitos kms, subidas e descidas, chuva, frio e vento, chegamos ao segundo e último abrigo da nossa jornada… Estamos a imensos metros de altitude e diante de nós abre-se uma gigantesca vista para um vale, No cimo da montanha, parei…senti o vento agreste que nos bofeteava a cara com vigor. Ao fundo vê-se um pontinho, que seria o abrigo…Avistam cavalos selvagens, vacas e um pequeno riacho…

Terceiro dia, temperaturas negativas, o lavar a loiça da refeição do dia anterior, no pequeno riacho, tornou se num pesadelo…os pratos acabados de lavar, ficaram em segundos impregnados de gelo… Quase não sinto os dedos das mãos e pés…Numa corrida refugiámos nos no abrigo…com pequeno-almoço tomado e mochilas preparadas, seguimos… por trilhos que viriam a ser os últimos até chegarmos á pequena aldeia onde há três dias atrás deixamos os carros……………………………………

Mas não há folha de papel onde se possa descrever tudo o que se viveu, nem palavras para explicar, tudo aquilo, que apenas se pode sentir…

Podem ser vistas mais fotografias no FACEBOOK no grupo do ARCM