Datas: 15, 16, 17 e 18 de Junho de 2017
Cavidades: “Torca de los Morteros” e “Cueva Coventosa”
Localização: Cantábria, Burgos, Espanha
Objectivos:
Dia 16 – Explorar o primeiro e segundo nível da “Torca de los Morteros”
Dia 17 – Explorar a “Cueva Cuventosa” até ao final dos Lagos
Equipa: António Afonso; Carina Marques; Carlos Mendes; Daniel Pinto, Nuno Rodrigues; Luís Sousa; Nelson Ribeiro; Paulo Rocha; Vítor Gandra;
Todos os espeleólogos participantes são espeleólogos do ARCM, federados na Federação Portuguesa de Espeleologia, possuidores de formação grau N2 e/ou N3 e com os respectivos seguros em vigor.
Dia 15:
Partida de duas viaturas de Valongo às 7h, passando por Guimarães para daí partir rumo ao nosso destino, entretanto outro carro partia de Torres Vedras/Caldas da Rainha com a restante equipa. Chegada ao final da tarde ao ponto de encontro no abrigo do Grupo Espeleológico de Merindades em Santelices onde nos instalamos, jantamos e tratamos dos últimos preparativos para o dia seguinte.
Dia 16:
Alvorada às 7h e depois dos pequenos almoços tomados partir rumo à “Torca de los Morteros” que dista a cerca de 50 km do abrigo. Depois dos carros estacionados foi ainda necessário uma caminhada de cerca de 30min. até à entrada da cavidade. Depois de vencidos os 30 metros do poço de entrada o grupo dividiu-se em duas equipas onde uma delas – a mais pequena, de dois elementos – foi equipar o acesso ao segundo nível desta cavidade, enquanto os restante exploravam o primeiro nível. Importa aqui relembrar que esta cavidade já tinha sido inicialmente visitada no ano anterior por quatro elementos por forma a registarem o equipamento necessário para a progressão e procurarem os respectivos acessos no interior da cavidade.
Depois da exploração dos dois primeiros níveis da cavidade (que tem no total cinco níveis), deu-se o retorno à superfície 10h depois da descida. Regressamos ao abrigo e depois do merecido banho e jantar foi altura de preparar o material individual e colectivo para o dia seguinte.
Torca de Los Morteros (assinalado a amarelo está a parte da cavidade explorada
Dia 17:
Levantar às 7h tomar pequenos-almoços e rumar com destino à “Cueva de Coventosa” que ficava a cerca de 1h de carro do nosso abrigo e após pequena caminhada de 10min num pequeno trilho onde a abrupta descida de temperatura no carreiro denunciava a entrada da nossa cavidade. A entrada era grande e fez-se na horizontal, após algum metros foi necessário transpor um R20 que nos deu acesso à restante cavidade extremamente rica em espelotemas. No fim desta progressão feitas por toda a equipa existem três lagos e neste ponto o grupo foi dividido em duas equipas – uma de 4 elementos que transpôs os lagos a nado usando fatos de neoprene de 5mm e uma outra equipa que começou a fazer o caminho de regresso à superfície. Quase todos os elementos tinham um fato de neoprene para usar no entanto, dada à hora (que já era tardia mediante ao que estava programado) não passaram os lagos. Esta cavidade faz parte de um sistema mais complexo de duas cavidades – Cueto – através da descida de um poço com mais de 300 metros e a “Cueva de Coventosa”. A ligação das duas cavidades é feita precisamente no último lago da Coventosa e esta exploração tinha como objectivo reconhecer a cavidade de forma a puder, no futuro, fazer todo o sistema, entrando por uma e saindo por outra – travessia.
A segunda equipa chegou ao exterior cerca de 10min após a primeira, por volta das 19h. depois seguiu-se mais de 1h de viagem de carro até ao abrigo, onde ainda nos foi possível parar para admirar o incrível vale glaciar de Asón. Chegados ao abrigo e de banho tomado, esperava-nos o jantar confeccionado pelo Grupo Espeleológico de Merindades.
Cueva Coventosa - Exploração assinalada com um traço vermelho
Dia 18:
O dia do regresso a Portugal. Alvorada por volta das 8h e antes de colocar pés a caminho não faltou a visita a Puentedey, uma localidade bem curiosa e característica que se implantou sobre uma cavidade aberta pelo rio Nela.
Uma vez mais dois carros rumaram ao norte do país, enquanto um outro tomou o centro como destino. A chegada a Valongo deu-se por volta das 18h e Torres Vedras/Caldas da Rainha por volta das 20h.
Conclusão:
Todos os objectivos a que nos tínhamos proposto neste projecto foram atingidos. Todos regressaram satisfeitos, com vontade de voltar e a fazer planos para futuras expedições.
Próximos trabalhos a realizar: Exploração do Sistema Cueto – Coventosa
Reportar: Ausência de acidentes ou incidentes.
Poderá ver algumas das fotografias clicando AQUI
Relatório elaborado por: Daniel Pinto e Vitor Gandra – ARCM 2017